Sucesso de crítica e público, “Habite-me” inicia segunda temporada no Rio de Janeiro

Sucesso de crítica e público, “Habite-me” inicia segunda temporada no Rio de Janeiro

 Sucesso de crítica e público, “Habite-me” inicia segunda temporada no Rio de Janeiro: dia 6/12 no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto

Máscaras e bonecos ganham vida no corpo da atriz Carolina Garcia no solo Habite-me, dirigido por Paulo Balardim, que reestreia no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, Humaitá, nesta sexta-feira, dia 6 de dezembro, às 20h. A peça conquistou sucesso de crítica e público na primeira temporada no Sesc Copacabana, em agosto.

Carolina Garcia interpreta uma trama poética que reflete sobre a vida e a morte e sobre o amor, utilizando bonecos em tamanho natural, máscaras e exuberante movimentação. Sem dar palavra, a atriz faz todas as transformações diante do público, cercada por uma instalação formada por infláveis de várias dimensões que emolduram toda a história.

HABITE-ME – a cabec_a – – Emanuel Orengo

Habite-me é uma montagem inteiramente original, desenvolvida em parceria com artistas estrangeiros. A temporada é de sexta a segunda-feira, até 16 de dezembro. Carolina Garcia, 25 anos de trabalho, é pesquisadora e professora e este trabalho iniciou com uma bolsa de residência artística para a qual a atriz foi selecionada, no Festival de Castelier, em Québec, Canadá. Durante o processo, surgiram as parcerias com uma artista local para desenvolver pesquisa de linguagem na construção de bonecos, buscando desenvolver “um novo modo de perceber o outro, através da tolerância e da empatia, que orientou a elaboração da peça”, conta.

Desta forma, a criação dos bonecos em escala humana contou com a colaboração da canadense Émilie Racine, artista plástica e marionetista. Já a canadense Laurence Castonguay, especialista em mímica e professora da Université de Québec, em Montréal (UQAM), e Paulo Balardim, diretor e professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) deram forma final à montagem. É do artista gaúcho Elcio Rossini a criação das formas infláveis que compõem o cenário-instalação que respira junto com a atriz.

O consagrado compositor belga Tuur Florizione se juntou ao grupo de artistas-criadores e assina a trilha original que permeia Habite-me. Todos os elementos convidam o espectador a abrir os olhos para um universo onírico, espécie de planeta em que Carolina Garcia dá à luz personagens como um casal de idosos, uma mulher que carrega sua própria morte e uma mãe com seu bebê. “O ponto de partida foi explorar interações entre bonecos e meu próprio corpo, em busca de habitar o inanimado e me deixar habitar por ele”, conta Carolina.

Cada ação é iluminada pelo premiado Renato Machado, revelando, ou não, os muitos passos de Carolina Garcia ao longo de troca de máscaras e figurinos. Num dos pontos altos de Habite-me, Carolina Garcia chega a confundir o público numa espécie de coreografia em que se duplica trocando de lugar com uma boneca. Ao todo, três quadros compõem a encenação. As únicas palavras que “ecoam” no teatro são um trecho de um poema de Rainer Maria Rilke (1875-1926), proferido antes da avalanche de transformações que se sucedem nas cenas.

Um dos espectadores de Habite-me na primeira temporada, Eduardo Nunes, cineasta, diretor dos longas-metragens “Sudoeste” e “Unicórnio”, escreveu: “A beleza do espetáculo consiste na ruptura desta fina barreira entre móvel e imóvel, entre vivo e morto. A beleza de poder ver vida onde acreditamos que não deveria haver”.

Carolina Garcia é atriz-marionetista (1994), educadora somática, diretora e produtora teatral. Fundadora e gestora do Espaço de Residência Artística Vale Arvoredo/RS desde 2010, é coordenadora das atividades de intercâmbio e formação do Festival Cena Brasil Internacional (2013). Ao longo de sua trajetória artística, já participou de diversos festivais nacionais e internacionais de teatro, Representou o Brasil no Festival de Teatro de Edimburgo e Ano Brasil/Portugal (2013), Festival de Avignon e Ano Brasil /Uruguai (2015). Está à frente de um projeto de reativação do Núcleo de Bonecos na Escolinha de Arte do Brasil (RJ).

Ficha técnica “Habite-me”_Atuação e pesquisa: Carolina Garcia | Direção e dramaturgia: Paulo Balardim | Criação de bonecos: Emilie Racine | Preparação corporal: Márcia Pinheiro e Laurence Castonguay | Trilha Sonora original: Tuur Florizoone | Figurinos: Cris Lisot | Pinturas no figurino: André Gnatta | Cenografia: Elcio Rossini (pesquisa Objetos para Ação) e Paulo Balardim | Criação de luz: Renato Machado | Operação de luz: Luana Pasquimell | Operador de som e infláveis: Wilson Neto / Antônio Maggionni (stand-by) | Montagem técnica: Hebert Said e Luana Pasquimell | Assessoria e montagem de som: Lucas Carvalho | Ensaísta: Laurence Castonguay, Wilson Neto e Elaine Juteau | Fotografias: Jerusa Mary, Marcelo Paes de Carvalho e Paulo Balardim | Arte gráfica: Jéssica Barbosa | Assessoria de imprensa: Mônica Riani | Comunicação em redes sociais: Ana Balardim | Assistente de produção: José Carlos Rosa | Cias em co-produção (Brasil – Canadá): Cia 4 produções e Territoire 80 | Cooperação internacional: Festival Casteliers (Québec), Conseils des Arts du Canada e Espaço de Residência Artística Vale Arvoredo

 

Serviço: “Habite-me” – Pesquisa e atuação: Carolina Garcia. Direção e dramaturgia: Paulo Balardim. Gênero: teatro de animação (bonecos, máscaras e dança). Duração 45min. Sinopse: Solo poético sobre a natureza humana com a utilização de máscaras, bonecos e dança.

Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto – Rua Humaitá, 163 – Humaitá. Tel. 2535-3846

Estreia 06 de dezembro, às 20h.

Sessões de sexta-feira a segunda-feira :: Sexta, sábado e segunda-feira: 20h. Domingo, às 19h.

Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia) :: Bilheteria funciona a partir das 18h

Ingressos antecipados: https://riocultura.superingresso.com.br/#!/home

Link da peça: https://www.youtube.com/watch?v=diubaCplSPE&feature=youtu.be

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